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Comer Emocional | Emotional Eating

O Comer Emocional (Emocional Eating) é uma maneira que encontramos para regular as emoções, é quando usamos a comida com o propósito além de nutrir e de trazer satisfação física. Vale ressaltar que não é necessariamente algo ruim e todos nós fazemos de vez em quando! ⁣
⁣O ato de comer, culturalmente e por natureza, simboliza conforto. Muitas vezes temos razões válidas para o comer emocional (celebrar, comer algo que apreciamos muito, que remete alguma lembrança). O mais importante é honrar esse momento, SEM CULPA OU VERGONHA.⁣ Mas para muitos isso não é algo fácil e envolve sentimentos ruins. 

Minha idéia com esse post é explicar um pouco mais sobre o que está por trás do comer emocional, quando devemos realmente nos preocupar e quais ferramentas podem nos ajudar neste processo. Além disso, vamos falar sobre um ponto que gera muitas dúvidas: é compulsão ou exagero? 

Vem comigo que este post vai te ajudar!

O que pode levar ao Comer Emocional 

Muito fatores podem levar ao comer emocional, entre eles: experiências e associações pessoais com a comida, padrões culturais, influências sociais, estratégia pessoal de alívio de stress, habilidade de regular emoções (amenizar dor através do prazer alimentar ou restrição para sensação de controle), consequência de dietas restritivas e fatores físicos (sono inadequado, desidratação, malnutrido).

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É muito importante entender que, realmente, o ato de comer é capaz de trazer alívio e conforto, porém é fundamental compreender que esse alívio é momentâneo, ele não resolve nenhuma questão mais profunda que pode estar por trás desse hábito, por isso não é sustentável.



Quando e ao que devemos ficar alertas:
  • Quando o comer emocional vem acompanhado de sentimento de vergonha, culpa e tristeza. ⁣
  • Quando se torna um HÁBITO para lidar com emoções indesejadas – e com isso diminuí consciência pessoal pois não encaramos os problemas a fundo. 
  • Muitas vezes é o ÚNICO MECANISMO de lidar com emoções. ⁣
  • Pode estar associado tanto ao exagero, como à negligência de fome.⁣
  • Nos desconecta dos nossos sinais reais de fome e satisfação.⁣

Vamos entender a diferença entre Compulsão e Exagero?

Esse é um ponto muito importante para esclarecer! Percebo nos meus atendimentos que nem sempre a diferença entre compulsão e exagero está clara. O consumo excessivo de algum alimento ou em alguma ocasião faz parte da realidade de todos nós, por outro lado, a compulsão sinaliza que é necessário olhar para isso com mais cuidado. Vamos entender melhor essa diferença? 

A compulsão alimentar caracteriza-se pelo consumo exagerado de alimentos em um período em média de 2 horas e acontece pelo menos duas vezes na semana. Durante os episódios, a pessoa se sente fora de controle e desconectada dos sinais internos (como sensação de saciedade). Geralmente para de comer quando existe desconforto físico muito grande. Esses eventos vêm acompanhado de um grande sentimento de fracasso, culpa, depressão e angústia.  Muitas vezes esses episódios acontecem de maneira escondida e até os vestígios são escondidos. 

O exagero por outro lado, é uma situação mais pontual. Acontece quando por exemplo em algum evento ou em alguma ocasião você comeu além da sua saciedade, geralmente acontece com algum alimento que você gosta muito, é o famoso “chutou o balde” comum na cultura da dieta onde as regras são inúmeras e fazem qualquer coisa parecer exagero. 
Podemos chamar esses eventos de Mindless Eating ou seja, quando nos alimentamos sem presença. 

*Note que: corpo bem alimentado não sente necessidade de exageros contínuos, por isso que dietas restritivas são gatilhos tão comuns. 

Ferramentas e Estratégias

Um bom ponto de partida é se questionar e de preferência com TERAPIA.  Precisamos entender do quê temos fome. De um elogio? De um relaxamento? De melhores relacionamentos? De um belo banho? Uma boa conversa, exercício? 

Temos que RECONHECER a nossa REAL NECESSIDADE. E isso é um processo. A ansiedade que muitas vezes acompanha o comer emocional está relacionado com o anseio de viver no futuro, antecipação do medo ou até mesmo a expectativa para algo bom.  E muitas vezes estamos realmente com vontade de comer algo específico, sem aquela fome física e devemos honrar essa vontade, com presença e sem o chicote interno. A culpa é uma grande distração. 

Vejo o comer emocional freqüente como uma desconexão pessoal, quando o nosso corpo e nossa mente não estão em sintonia com a nossa verdadeira essência ou nossas necessidades.
Se por acaso você se identificou com o que foi falado, saiba que você não está nessa sozinha(o). Veja a seguir minhas sugestões para buscar uma maior conexão com você mesma(o)!

Quais ferramentas indico neste processo:

  1. Pedir ajuda profissional. Profissional psicólogo e se possível um nutricionista com abordagem de uma nutrição mais gentil e comportamental. Muitas vezes esse suporte é essencial e necessário para o seu desenvolvimento e não tem nada mais incrível e libertador do que reconhecer e aceitar que as vezes também precisamos de ajuda. 
  2. Desenvolver Inteligência emocional (entender, identificar, regular e expressar as nossas emoções). Importante saber quando estamos emocionalmente ativados e saber reconhecer a ansiedade para poder lidar com ela de outras maneiras.
  3. Praticar Mindful Eating (encontro entre a nutrição, espiritualidade e psicologia). É comer com atenção plena, com as nossas reais necessidades, guiado pelos sinais internos e sensação individual de bem-estar. O objetivo é ter mais presença e consciência de escolhas relacionadas ao bem-estar. O Mindful Eating propõe um estilo de vida mais respeitoso consigo mesmo,  é sobre tratar o corpo com bondade e amor, mesmo que não esteja na forma que deseja. Só mudamos o que respeitamos. É navegar em menos julgamento e stress.
  4. Se conecte com você! Cuide do seu corpo com cuidado, respeitando seus limites e acreditando no poder que ele tem de se comunicar com você.  Aumente suas técnicas de autocuidado (self care). Foque no seu processo e não no destino final, use os desafios como oportunidades de crescimento.
  5. Journaling – sem dúvidas umas das ferramentas mais poderosas e simples para nos auxiliar no nosso caminho de autoconhecimento. Em outras palavras: é o hábito de colocar no papel (ou bloco de anotação digital) os seus sentimentos, receios, expectativas, frustrações, transcrever situações desafiadoras, momentos felizes. Esse exercício muitas vezes torna mais claro e evidente o que está por trás das nossas emoções e consequentemente alguns hábitos.
  6. Ocupar a mente! Leia um livro, faça uma caminhada, tome um banho relaxante, aprenda a cozinhar (e aumente sua conexão com a comida),  procure gastar sua energia com coisas que façam sentido e te preencham. Muitas vezes recorremos à comida como uma estratégia para fugir do tédio e ócio. Crie outros mecanismos para ocupar seu tempo, sem dúvidas no final das contas vai te fazer muito melhor e trazer um sentimento recompensador!
  7. Principalmente autocompaixão e amor ao seu processo!

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