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Como seres humanos, todos nós somos programados para instintivamente buscar a satisfação através do amor, do calor, do abrigo, da comida e da água. Quando estamos carentes de alguma dessas coisas, nós sentimos aquela sensação de desconforto e o nosso corpo instintivamente provoca aqueles desejos ou vontades para que possamos sentir aquela satisfação de novo.  

A maioria das pessoas que são constantemente motivadas a comer de acordo com o estado emocional, são pessoas bem sensíveis e que estão buscando uma forma de como expressar suas reações e emoções, sobre o próprio mundo, e o mundo ao redor delas. Então, acabam buscando o alívio no ato de comer.

Quando o desconforto aparece, muitas pessoas se voltam para a comida para restabelecer o próprio equilíbrio. Esse é o processo pelo qual entendemos os famosos desejos alimentares, e se você for pensar no sentido de evolução, vai perceber que é algo brilhante que o nosso organismo faz. Nosso corpo é extremamente inteligente e sabe que a comida é um conforto quase que instantâneo e, instintivamente, pede por certos alimentos para manter o equilíbrio.

Fome de que?

O desafio vem quando isso se torna um ciclo alimentar compulsivo, obsessivo e que muitas vezes pode levar a auto punição pelos hábitos alimentares desequilibrados. Quando a raiz do problema não é realmente a fome, recorrer a comida não irá resolver o problema, apenas aliviar temporariamente e, na sequência, muitas vezes, causar um sentimento de vergonha ou culpa.

Vivemos em uma sociedade que carrega uma certa ditadura de magreza, causando vergonha e falta de amor próprio para aqueles que não se enxergam dentro dos padrões de beleza. Eu sei disso, você sabe, mas ninguém fala muito disso, certo? Porque isso é algo profundo que leva um trabalho maior para começar a cuidar.

Não pretendo resolver esse problema nesse post (quem me dera!), mas realmente gostaria de fazer com que as pessoas enxergassem isso e se sentissem mais à vontade para pedir ajuda. Maior aceitação corporal pode até ajudar naturalmente melhores escolhas alimentares, ajudando a regular o sobrepeso em mulheres, segundo um estudo feito em Portugal. 

Vida real X Vida Virtual

Você passa pelo Instagram e existem milhares de mulheres super saradas ou super magras e com aquele estilo de vida que parece ser o mais perfeito do mundo. Não é, não se iluda. A vida não é perfeita para ninguém, o que pode mudar é como reagimos às imperfeições, mas isso não está registrado em uma foto, isso é vida real.

Cada um tem suas próprias dificuldades e desafios na vida e eu vi a necessidade de escrever sobre isso quando vi nas minhas próprias clientes ou amigas, objetivos muitas vezes inatingíveis porque não fazem parte da natureza delas (biotipo, estilo de vida e etc). E eu não preciso pensar na quantidade de pessoas que sofrem de transtorno de imagem corporal e falta de amor próprio, para afirmar que esse assunto precisa ser mais discutido.

Meu objetivo não é curar, diagnosticar ou dizer que eu sei a verdade. Também já fui insegura e insatisfeita comigo mesma e ainda serei em vários momentos porque gosto de explorar coisas novas e muitas vezes me coloco em situações que podem ser fora da minha zona de conforto. Mas, por sempre ter trabalhado com nutrição e observar muito comportamentos alimentares, quero dar a chance de abrir uma janela e quem sabe colaborar com um movimento de maior aceitação pessoal e uma alimentação consciente.

Hoje não vou te passar uma receita de alimentos, mas algumas dicas que  podem te ajudar a trazer mais confiança, porque quando praticamos a autoconfiança, somos diferentes no mundo e mais fortes para reagir às dificuldades. 

1. Mate a comparação

Com social media, revistas, anúncios em televisão parece difícil controlar isso, certo? Mas, vamos ao que podemos controlar! Talvez você siga várias modelos ou as famosas musas fitness, será que isso te traz inspiração ou frustração? Posso dizer que 99% das fotos tem alteração de imagem e que nem as próprias mulheres da revista se parecem com as mulheres da revista. Além disso, muitas modelos sofrem com distúrbios alimentares principalmente em função da pressão pela magreza imposta. Por isso, definitivamente, não vale a pena se comparar com algo que nem se quer é real.

 

2. Acabe com autocriticas

O corpo ouve tudo que pensamos, inclusive aqueles pensamentos negativos sobre nós mesmos. Então é importante se perguntar como o seu corpo irá responder de uma maneira positiva se seus pensamentos são apenas negativos sobre você mesmo.

 

3. Comece um diário.

Eu sei que parece bobagem, mas escrever o que pensamos em um papel nos ajuda muito a clarear nossas ideias! Seria ainda mais interessante escrever diariamente coisas que você gosta em você, coisas que você é grata, boas memórias ou coisas positivas que aconteceram no seu dia. Isso irá te ajudar a alcançar seu mundo interno e te guiar no seu caminho de transformação. Seu momento, se solte.

4. Escute o seu corpo.

O nosso corpo, como disse no início, está completamente alinhado às  nossas necessidades. Parte de aprender a gostar de si mesmo é procurar se conhecer e entender o que seu corpo pede. Entender o que aquelas vontades de certos alimentos representam, se nutrir com alimentos frescos e integrais e incluir atividades de cuidado próprio com mais frequência.

 

5. Foque na saúde, não no peso.

Peso pode ser um parâmetro, mas é só um número. Nós somos formados de músculo, ossos, órgãos, água e isso tudo pode variar bastante, principalmente na mulher. Por que não focar em como você se sente? Disposto, qualidade do sono, com energia ou se sente confortável nas suas roupas. Não me entenda mal, eu sei o quanto positivo é perder peso sem radicalismo e o quanto isso pode fazer as pessoas se sentirem melhor! Mas, se esse for o único parâmetro, talvez passos essenciais da sua evolução passem despercebidos e não haja aderencia a longo prazo. O peso será uma consequência natural quando você estiver mais consciência do que te faz bem e estiver praticando isso com frequência.

 

6. Mexa o esqueleto!

Ache um exercício físico que te traga prazer antes de tudo. Exercícios físicos trazem conexão pessoal, autoconfiança, além de aumentar produção de hormônios que nos fazem sentir bem e aliviam o stress. Não seja duro ou radical com você mesmo, comece aos poucos e ache uma rotina que seja viável para você manter.

Parece clichê, mas existe uma magia incrível em se tratar com amor e priorizar o que te faz bem. Não existe nada mais poderoso do que amar a si próprio, não de uma maneira narcisista, mas em aceitar o que você é com humildade e orgulho. É aprender como você fala com você mesmo, como você se escuta e como você reage. Mesmo que muitos me procurem para perder peso inicialmente, muitas vezes acabam descobrindo algo bem maior pelo simples fato de estarem se priorizando e descobrindo novas maneiras de se sentir bem. Espero que isso sirva para inspirar as pessoas a se amarem além do que o espelho irá refletir.

Com carinho,

 

Fê

 

6 TIPS FOR LOVING YOURSELF MORE

As human beings, we are all programmed to instinctively seek satisfaction through love, warmth, shelter, food and water. When we lack any of these things, we feel discomfort and our bodies  instinctively start craving that feeling of satisfaction again.

Most people that are constantly motivated to eat according to the emotional state are very sensitive people who are looking for a way to express their reactions and emotions about the world itself and the world around them. So they end up looking for relief in the act of eating.

When there is discomfort, many people turn to food to restore their balance. This is the process by which we understand the famous food cravings. And if you think about evolution, you will realize that it is actually something pretty incredible that our body does. Our body is extremely intelligent and knows that food is an almost instant comfort and instinctively asks for certain foods to maintain its balance.

Hungry for what?

The challenge comes when this becomes a compulsive, obsessive food cycle that can often lead to self-punishment for unbalanced eating habits. When the root of the problem is not really hunger, resorting to food does not solve the problem. It only temporarily alleviates it and it is usually followed by a sense of shame or guilt.

We live in a society that carries a certain dictatorship for being thin, causing shame and lack of self-love for those who do not see themselves within the standards of beauty. I know that, you know that, but no one talks about it very much, right? Because it’s something deep that takes a lot of work to start addressing it.

I do not intend to solve this problem in this post (I wish!). But I would really like to make people understand it and feel more comfortable asking for help. Greater body acceptance may even help you naturally choose better foods, and even help women regulate their weight, according to a study done in Portugal.

Real Life X Virtual Life

You go through Instagram and there are thousands of super toned or super thin women. Their lifestyle seems to be perfect. It is not, do not be deceived. Life is not perfect for anyone, what can change is how we react to imperfections, but this is not recorded in a photo. This is real life.

Each one has their own difficulties and challenges in life. I saw the need to write about this since many of my clients have goals that are often unattainable because they are not part of their nature (biotype, lifestyle and so on). And I do not need to think about the amount of people who suffer from body image disorder and lack of self-esteem. This issue needs to be further discussed.

My goal is not to heal, diagnose, or say that I know the truth. I have also been insecure and dissatisfied with myself. I know that I will still be at various times because I like to explore new things and often put myself in situations that may be outside my comfort zone. But because I have always worked with nutrition and observe a lot of eating behaviors, I want to to collaborate with the movement for greater personal acceptance and conscious eating.

Today I will not give you a food recipe, but some tips that can help you bring more confidence into your life. When we practice self-confidence, we are different in the world and stronger to react to difficulties.

1. Stop Comparing

With social media, magazines, television ads it seems difficult to do this, right? But, let’s focus on what we can control! Maybe you follow several models or the famous fitness muses. Does following them inspire you or make you frustrated? I can say that 99% of the photos have been altered and that even the women in magazines do not look like the women in the magazine. In addition, many models suffer from eating disorders mainly due to the pressure imposed by the industry. So it’s definitely not worth comparing yourself to something that is not even real.

2. Stop Criticizing Yourself

The body hears everything we think, including those negative thoughts about ourselves. So it’s important to ask how your body will respond in a positive way if your thoughts about yourself are only negative ones.

3. Start a Diary

I know it sounds silly, but writing down what we think on a paper helps us to clarify our ideas! It would be even more interesting to write daily things that you like about yourself, things you are grateful for, good memories or positive things that happened in your day. This will help you reach your inner world and guide you on your path of transformation. It’s your “me” moment to let it go.

4. Listen to your Body

Our body, as I said in the beginning, is completely in line with our needs. Part of learning to like yourself is to seek to know yourself and understand what your body is asking for. Understand what the cravings of certain foods represent, eat fresh and whole foods, and include self-care activities more often.

5. Focus on Health, not Weight

Weight may be a parameter, but it is just a number. We are formed of muscle, bones, organs, water and this can all vary greatly, especially in women. Why not focus on how you feel? Wellbeing, sleep quality, energy or even just feeling comfortable in your clothes. Do not get me wrong, I know how positive it is to lose weight without radicalism and how much it can make people feel better! But this is not the only parameter. Maybe essential steps of your development go unnoticed and that doesn’t lead to a long-term adherence. Weight will be a natural consequence when you are more aware of what is good for you and you are practicing it more often.

6. Move your Skeleton!

First of all, find a physical activity that brings you pleasure. Physical exercises bring personal connection, self-confidence, and increase production of hormones that make us feel good and relieves stress. Do not be hard or radical with yourself, start small and find a routine that is feasible for you to maintain.

It sounds cliché, but there is an incredible magic in treating yourself with love and prioritizing what makes you feel good. There is nothing more powerful than loving yourself, not in a narcissistic way, but in accepting who you are with humbleness and pride. It is learning how you talk to yourself, how you listen and how you react. Even though many seek me out to lose weight initially, they often end up discovering something much bigger simply because they are prioritizing themselves and discovering new ways to feel good. I hope this serves to inspire people to love each other beyond what the mirror reflects.

With love,

Fê